14.2 |
Associação de Diportos |
14.2.1 Associações em Série, em Paralelo, em Cascata e em Modo HíbridoA descrição de um circuito com base numa matriz simplifica a análise das associações em série, em paralelo, em cascata ou em série-paralelo de diportos. Como se verá de seguida, as vantagens deste formalismo são assaz notórias no caso da associação em cascata de diportos, como é o caso das cadeias de amplificadores. Considerem-se então dois diportos associados em paralelo (Figura 14.9). Figura 14.9 Associação de dois diportos em paralelo Uma vez que os diportos A e B apresentam as mesmas variáveis independentes nos dois portos, designadamente,
e que as correntes nos portos do diporto total são dadas pela soma das correntes parciais em cada um dos dois diportos
conclui-se então que, tendo em conta (14.29) e as relações matriciais parciais de cada diporto,
isto é, que a matriz do diporto total é dada pela soma das matrizes de admitâncias dos diportos associados
Na Figura 14.10 considera-se a associação em série de dois diportos. Figura 14.10 Associação de dois diportos em série Neste caso, as variáveis comuns aos dois diportos são as correntes nos portos, I1 e I2 na figura, enquanto as variáveis tensão de porto total resultam da soma das tensões parciais nos diportos A e B. Se se admitir que cada um dos dois diportos se encontra caracterizado pela matriz de impedâncias respectiva, então
ou seja
Uma associação que se revela de particular interesse na análise de amplificadores, é a ligação em cascata de diportos (Figura 14.11). Este tipo de associação caracteriza-se pelas igualdades
designadamente entre as tensões e as correntes no porto comum aos dois diportos. Admitindo que ambos os diportos se encontram caracterizados pela matriz de transmissão respectiva, então
para o primeiro diporto, ou seja
ou ainda
O diporto total é neste caso caracterizado por uma matriz que, à parte alguns sinais, é dada pelo produto das matrizes de transmissão parciais de cada um dos circuitos. Figura 14.11 Associação de dois diportos em cascata 14.2.2 Exemplos de AplicaçãoConsidere-se na Figura 14.12.a um circuito resistivo composto por dois portos de acesso ao exterior. Pretende-se identificar neste circuito a associação em paralelo de dois diportos e obter, por adição de matrizes parciais, a matriz de admitâncias respectiva. Figura 14.12 Associação de dois diportos em paralelo Neste circuito pode identificar-se, por exemplo, a associação em paralelo dos dois diportos indicados na Figura 14.12.b. As admitâncias de curto-circuito de cada um dos dois diportos são calculadas com base nas expressões 14.5 a 14.8, que em conjunto definem as matrizes de admitâncias
e
A matriz de admitâncias total é dada pela soma
Considere-se agora o circuito da Figura 14.13.a, no seio do qual se pretende identificar a associação em cascata de dois diportos e obter a matriz de transmissão respectiva por multiplicação das matrizes parciais. Figura 14.13 Associação de dois diportos em cascata Neste caso, podem identificar-se no circuito os dois diportos representados em 14.13.b, cujas matrizes de transmissão respectivas são
e
A matriz de transmissão total é então dada pelo produto
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