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Na prática mais do que a própria definição, convém conhecer algumas das propriedades mais relavantes da TL, de modo a facilitar a sua aplicação à análise de circuitos.
Atraso no domínio temporal: o cálculo da TL de faz-se através de
onde colocando , e permite escrever
e de onde notando que a função causal para permite deduzir o resultado final
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(4-2.15) |
Diferenciação no domínio de Laplace:
demonstra-se fácilmente calculando a derivada de
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(4-2.16) |
em relação a que é
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(4-2.17) |
e portanto temos o par
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(4-2.18) |
e por dedução à ordem
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(4-2.19) |
Família de Diracs: a família de Diracs começa com o degrau unidade
para o qual se pode fácilmente calcular
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(4-2.20) |
em seguida, utilizando (4-2.19)
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(4-2.21) |
Podemos agora generalizar à família de impulsos com a ajuda de (4-2.19)
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(4-2.22) |
Potência do tempo - função Gama: é um caso semelhante ao anterior no qual se pretende calcular a TL de uma potência do tempo, só que agora o expoente não é inteiro. Assim temos que
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(4-2.23) |
onde a função Gama é definida por
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(4-2.24) |
Diferenciação temporal: pode-se demonstrar que
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(4-2.25) |
onde representa o valor da função temporal no instante inicial. A demonstração obtem-se fazendo
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(4-2.26) |
de onde fazendo a mudança de variável e e integrando por partes,
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(4-2.27) |
admitindo que é de tipo exponencial temos que para o extremo superior () o primeiro termo dá zero e para dá . Em relação ao segundo termo é fácil ver que se trata de e por isso o resultado encontra-se como sendo
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(4-2.28) |
As derivadas de ordem superior obtêm-se por extensão do caso precedente tal que
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(4-2.29) |
Integração temporal: podemos ver facilmente que
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(4-2.30) |
que se demonstra colocando
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(4-2.31) |
o que implica . Como podemos escrever que a
, utilizando (4-2.28), podemos escrever que
. Assim, visto que podemos escrever que e finalmente provar (4-2.30).
Teorema do valor inicial: prova-se que, para as funções sem descontinuidades na origem, podemos determinar o valor da função temporal para através de
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(4-2.32) |
Teorema do valor final: prova-se igualmente que o valor final da função temporal se pode determinar através de
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(4-2.33) |
Funções periódicas causais: é frequente na prática querermos determinar a TL de uma função periódica. Tomemos como exemplo o caso simples de uma função
, resultante da repetição da função com um intervalo . Assim podemos directamente escrever
onde utilizámos (4-2.15). Ou ainda
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(4-2.34) |
A partir deste caso simples deduzimos directamente o caso geral do sinal periódico causal onde se o sinal se escrever
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(4-2.35) |
então, a partir de (4-2.34), temos que
ou ainda, utilizando o desenvolvimento em série de para
(ver A.2),
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(4-2.36) |
Exemplo: queremos determinar a TL da função periódica causal e limitada no tempo dada por
A solução deste problema pode obter-se através da utilização de (4-2.36) tal que
onde a TL do segundo termo é uma soma de termos de uma progressão geométrica de razão e cujo primeiro termo é . Assim podemos escrever que
ou mais condensado
que é o resultado procurado.
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Sergio Jesus
2003-12-07