8.6 |
Sensores Indutivos |
Os sensores
ou transdutores indutivos associam a variação de uma
grandeza não eléctrica a uma alteração da indutância
ou coeficiente de auto-indução de uma bobina. Apesar de
a indutância de uma bobina ser uma função da
permeabilidade magnética do núcleo e da forma e
dimensões físicas respectivas, é a primeira destas
variáveis que geralmente se utiliza para detectar as
variações nas grandezas a medir. A variação da
indutância é uma consequência da variação do fluxo
magnético total gerado pela corrente eléctrica na
bobina, seja devido à variação da posição do núcleo
no interior, seja devido à variação da distância
entre aquela e um objecto externo constituído por uma
material de elevada permeabilidade magnética. Hoje em dia existe uma relativa variedade de sensores indutivos, principalmente de deslocamento, de proximidade e de pressão. Na Figura 8.15 consideram-se os exemplos de dois transdutores indutivos de deslocamento e de proximidade. O sensor em (a) é constituído por uma bobina cujo núcleo magnético é móvel e se encontra fisicamente ligado ao objecto cujo movimento ou posição se pretende medir. O deslocamento do núcleo altera o fluxo magnético total desenvolvido, neste caso por variação da relação entre o número de espiras enroladas sobre o núcleo magnético e sobre o ar. Um outro exemplo de sensor indutivo é o detector de proximidade ilustrado na Figura 8.15.b. Neste caso, a indutância da bobina é alterada por efeito da aproximação ou afastamento do objecto cuja proximidade se pretende detectar, objecto que regra geral é constituído por um material de elevada permeabilidade magnética. A maior ou menor proximidade do objecto tem consequências sobre o fluxo magnético total desenvolvido pela corrente na bobina, que equivale ao coeficiente de auto-indução respectivo. Figura 8.15 Sensores indutivos de deslocamento (a) e de proximidade (b) |