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Na figura 5.6 colocámos em série uma fonte de tensão e três elementos: uma resistência , uma bobine e um condensador .
Figura 5.6:
circuito RLC série.
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A lei das malhas permite-nos escrever,
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(5-2.01) |
substituindo as expressões de e obtemos
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(5-2.02) |
Utilizando directamente a representação simbólica para cada elemento do circuito e que , podemos escrever
|
(5-2.03) |
e portanto, arranjando um pouco a equação em ordem a e definindo as seguintes constantes e
, obtem-se facilmente
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(5-2.04) |
Obviamente que a expressão da corrente resultante da TLI de , vai ser completamente determinada pelas raízes da equação do segundo grau que forma o denominador de (5-2.4) - frequentemente denominada ``equação característica''. Estas raízes são
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(5-2.05) |
Os casos possíveis segundo os valores relativos de e estão resumidos na tabela 1 que acompanha a figura 5.7, na qual estão representadas as raízes no plano complexo.
A decomposição em factores de (5-2.4) permite obter
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(5-2.06) |
com
Assim, podemos escrever a
,
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(5-2.07) |
Tabela 1:
características dos quatro regimes de funcionamento
possíveis dos circuitos de segunda ordem.
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regime |
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raízes |
sinal de saída |
1 |
não |
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|
onda sinusoidal |
|
amortecido |
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|
|
2 |
sobre |
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|
|
|
amortecido |
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|
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3 |
crítico |
|
|
|
4 |
sub |
|
|
seno
amortecido |
|
amortecido |
|
|
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Figura 5.7:
raízes do sistema de segundo grau no plano complexo.
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Vamos agora estudar cada uma das quatro situações possíveis segundo os valores relativos de e .
a) Caso 1: regime não amortecido
Neste caso temos que e portanto as raízes são imaginárias puras
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(5-2.08) |
e a resposta é então
ou ainda
|
(5-2.09) |
e temos portanto um regime sinusoidal puro à frequência
.
b) Caso 2: regime sobre amortecido
Neste caso temos que
e portanto as raízes são reais
|
(5-2.10) |
e a resposta é então
|
(5-2.11) |
de notar que ambas as raízes além de reais são negativas o que forma uma resposta exponencial amortecida.
c) Caso 3: regime crítico
Neste caso temos que
, correspondente ao caso
valor crítico da resistência, e portanto temos uma raíz dupla
. Se nos limitarmos a efectuar esta substituição em (5-2.7) obtemos uma indeterminação. Deveremos então utilizar o desenvolvimento em série da exponencial em torno a zero para encontrar
e ainda
|
(5-2.12) |
d) Caso 4: regime sub amortecido
Neste caso temos que
e portanto as raízes são complexas conjugadas e imaginárias puras
assim
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(5-2.13) |
onde
e a resposta é então do tipo
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(5-2.14) |
dando origem a uma sinusoide com pulsação que se amortece exponencialmente com o coeficiente de amortecimento .
Exemplo: considerando o circuito de segunda ordem da figura 5.8 com
, pretendemos calcular a tensão aos bornos da bobine e da resistência em série considerando condições iniciais nulas.
Figura 5.8:
circuito de segunda ordem.
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Começando por estabelecer o sistema de equações diferenciais, obtem-se
e a corrente na bobine
por substituição e reagrupando os termos em e temos
cuja TL é dada por
visto que
é dada por
temos que, por substituição na equação anterior, e cálculo das raízes da equação do segundo grau do denominador
dando origem à representação no plano da figura 5.9 e finalmente à TLI (caso idêntico ao exemplo do capítulo 4.2)
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(5-2.15) |
Figura 5.9:
pólos e zeros no plano .
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Retomemos o exemplo do circuito de segunda ordem da figura 5.8, utilizando agora o cálculo simbólico directamente.
Podemos então escrever directamente a admitância
e, visto que
, temos que
equação idêntica à anterior mas que se obteve apenas em dois passos. Na resposta (5-2.15) podemos distinguir perfeitamente que o primeiro termo é devido à resposta natural do sistema e o segundo termo é devido únicamente à excitação .
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Sergio Jesus
2003-12-07